Venda de caminhões a gás ganha impulso no Brasil

Crescimento de 247% nas vendas da montadora Scania até abril e apoio de crédito verde revelam avanço da tecnologia

O mercado de caminhões movidos a gás natural e biometano apresenta forte crescimento no Brasil, com aumento de 247% nas vendas de janeiro a abril de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. O impulso vem do financiamento facilitado por linhas de crédito verde, benefícios fiscais como isenção de IPVA e expansão da infraestrutura de abastecimento.

A Scania lidera as vendas, com cerca de 1.500 unidades em circulação desde 2019, e expectativa de adicionar mais 1.000 caminhões a gás à frota até o fim de 2025. Outras fabricantes, como Iveco e Volkswagen Caminhões e Ônibus, também investem no segmento.Os dados compreendem o período de janeiro a abril de 2025, com destaque para iniciativas em diversas regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul, a CRVR deve iniciar em julho a operação de sua primeira usina de biometano em Minas do Leão, com outra prevista para 2026 em São Leopoldo.

A Scania Banco oferece o CDC Verde, linha de crédito com juros reduzidos e prazos mais atrativos para veículos sustentáveis. Além disso, a crescente rede de “corredores azuis” — pontos de abastecimento de GNC e biometano — aumenta a viabilidade logística da adoção desses caminhões.

Com uma proposta mais econômica e ambientalmente responsável, os caminhões a gás tornam-se cada vez mais competitivos frente ao diesel. A autonomia operacional chega a até 650 km, garantindo eficiência e previsibilidade. O custo de capital pode ser até R$ 200 mil menor em grandes operações, e a isenção de IPVA em estados como São Paulo representa economia de até R$ 80 mil por veículo. Essa realidade começa a transformar o perfil da demanda: não são mais apenas os embarcadores que exigem soluções sustentáveis, mas os próprios transportadores que lideram a mudança, alinhando-se a metas de ESG e atraindo novos contratos.

Panorama regional:

No Rio Grande do Sul, os investimentos em biometano somam R$ 250 milhões. A produção da usina de Minas do Leão poderá chegar a 60 mil m³/dia, com distribuição via Ultragaz. A segunda planta, em São Leopoldo, reforçará a oferta no estado a partir do segundo semestre de 2026. Essas iniciativas colocam o RS em posição estratégica para liderar a transição energética no transporte rodoviário de cargas.

Fonte: Scania, CRVR e Agência Internacional de Energia

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