Veículos elétricos e incêndios: novo cenário exige preparo técnico e mudança de protocolos

Com a expansão da eletromobilidade, é preciso atenção aos riscos das baterias de íon-lítio e preparo para emergências

A popularização dos veículos elétricos representa um importante avanço para a mobilidade sustentável, mas também traz novos desafios relacionados à segurança. Um dos pontos de atenção mais relevantes está nos incêndios provocados por baterias de íon-lítio, que apresentam comportamentos imprevisíveis e difíceis de controlar. Em alguns casos, o procedimento mais seguro para os socorristas é isolar a área e permitir que o fogo se consuma, evitando riscos maiores de reignição.

Diferentemente dos incêndios em veículos a combustão, os casos envolvendo carros elétricos podem demandar dezenas de milhares de litros de água e longos períodos de atuação das equipes de emergência. A chamada “fuga térmica” — uma reação em cadeia causada por superaquecimento ou danos às células da bateria — pode levar horas para ser controlada e, mesmo após extinto, o fogo pode reacender dias ou semanas depois.

A complexidade aumenta diante da falta de protocolos unificados por parte dos fabricantes e da diversidade de tecnologias entre os modelos elétricos. Por isso, cresce o movimento por capacitação técnica dos profissionais da linha de frente, incluindo bombeiros, socorristas, gestores de frota e operadores logísticos.

No Brasil, onde a eletromobilidade avança com incentivos e investimentos, é essencial que o setor automotivo como um todo esteja preparado. O Transporte Rodoviário de Cargas e Logística (TRCL), que já começa a incorporar veículos elétricos em suas frotas, também deve acompanhar essa evolução. Investir em treinamentos, revisar planos de emergência e buscar integração com as autoridades locais são passos fundamentais para garantir segurança diante desse novo cenário.

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