Em Minas Gerais, escassez de insumos é generalizada
Um dos maiores entraves na recuperação das atividades do transporte de cargas é a dificuldade em encontrar pneus e peças para os caminhões da frota. É o que afirmam os empresário do setor em Minas Gerais. “A demanda voltou, mas a produção não”, afirma o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas (Fetcemg), Sérgio Pedrosa.
“Muitos da indústria automobilística se assustaram no início da pandemia e demitiram. Veio o crescimento e as empresas não estão acompanhando a demanda. É uma falta generalizada de pneus e peças. Os estoques dos fornecedores estão baixos”, complementou Pedrosa.
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logísticas (Setcemg), Gladstone Lobato, a previsão é que a oferta de pneus e peças seja regularizada somente em meados de 2021. “Estamos funcionando com uma demanda reprimida, falta caminhão, carro, pneu”, ressaltou.
Recuperação
Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), alguns indicadores apontam para uma pequena recuperação do setor. Em uma pesquisa feita em agosto com transportadoras de todo o País, 9,8% informaram um aumento moderado na busca por seus serviços em relação ao mês de junho. Ao mesmo tempo, o número de entrevistados que declarou diminuição no faturamento em agosto caiu 9,9% em relação a junho.
No estado de Minas Gerais, outro fato que dificulta uma retomada maior e mais homogênea é a pulverização do setor de transportes de cargas e logísticas. A recuperação do setor fracionado, que transporta produtos de tecnologia, por exemplo; segue um ritmo diferente da retomada do setor de lotação, responsável, entre outros, pelo transporte de minério e combustível.
“Minas Gerais é um estado muito primário. Nosso negócio é minério, bobina, cimento. Nós fomos muito afetados, ainda não temos recuperação na parte primária porque a produção de aço ainda não está normalizada. Consequentemente, a produção de automóveis e de produtos da linha branca (eletrodomésticos) não está em 100%. A única coisa que não alterou foi o transporte de ferro, que é para exportação”, pontuou o presidente da Setcemg.
Fonte: Diário do Comércio
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