
Compreensão científica do comportamento pode ajudar líderes e equipes a tomarem decisões com mais agilidade e eficiência
A procrastinação é um comportamento recorrente em ambientes de alta pressão e múltiplas demandas. Segundo a neurocientista Ana Carolina Souza, o hábito de “deixar tudo para a última hora” tem raízes profundas no funcionamento do cérebro humano e pode afetar diretamente o desempenho das lideranças e das equipes.
Em entrevista à Revista Você S/A, Ana explica que o cérebro procrastinador prioriza recompensas imediatas em vez de resultados de longo prazo, ativando áreas ligadas à emoção e à busca por conforto. Esse padrão pode prejudicar prazos, planejamento estratégico e até a saúde mental dos profissionais, especialmente em funções de alta responsabilidade, como gestão de frotas, negociações logísticas e compliance regulatório.
Entre os fatores que favorecem a procrastinação estão tarefas mal definidas, metas muito amplas e a ausência de mecanismos de acompanhamento. Para contornar isso, a neurocientista recomenda estratégias práticas, como dividir projetos em etapas menores, estabelecer prazos realistas, evitar sobrecarga de decisões e aplicar técnicas de priorização como a matriz de Eisenhower ou o método Pomodoro.
Ao compreender o funcionamento do cérebro e implementar ajustes simples na rotina, empresas do setor podem melhorar significativamente a produtividade, reduzir o estresse organizacional e ganhar agilidade nas tomadas de decisão — um diferencial essencial em um mercado competitivo e dinâmico como o transporte de cargas.
Fonte: Revista Você S/A – “Por dentro do cérebro procrastinador: por que deixamos tudo para a última hora?”, por Ana Carolina Souza