Transporte, eleições e nova composição do Congresso são temas de palestra

Debate visou contribuir com a aproximação entre setor transportador e parlamento

O panorama político pós-eleições foi apresentado, na terça-feira (04), a diretores do Sistema CNT e representantes do setor durante a palestra Análise do Primeiro Turno da Eleição Presidencial, realizada na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

A exposição ficou a cargo do diretor da LCA Consultoria, Fernando Sampaio, economista pela Universidade de São Paulo e pós-graduado pela Universidade Estadual de Campinas. Para Sampaio, o tempo é de indefinição econômica, uma vez que, do ponto de vista da eleição para presidente da República em 2022, o resultado não está decidido. “Serão quatro semanas de discursos acirrados no campo político. Já no cenário econômico, o Brasil dá sinais de melhoras da inflação, embora o desafio em âmbito global é debelá-la”, observa. Entretanto, o diretor acrescenta que os juros devem permanecer altos em 2023.

No Legislativo, a principal tarefa do transporte é aproximar os parlamentares eleitos da agenda de prioridades do setor. Na avaliação de Sampaio, essa é a oportunidade de se efetuar esforços junto ao novo parlamento para contribuir na construção de políticas públicas.

O especialista concorda que o setor tem sido uma das principais vítimas da redução dos investimentos e que a infraestrutura de transportes sob gestão pública está piorando. “Isso é ruim para a economia como um todo, pois gera perda de produtividade, aumenta os custos, exige mais manutenção e os efeitos negativos se espalham. Por isso, o transporte é um ator importante e deve aproveitar o momento para fazer essa articulação”, afirma.

Nesse sentido, a CNT tem feito um esforço junto ao Congresso para alertar os parlamentares sobre a importância de recomposição dos recursos para investimentos em infraestrutura de transportes, considerando que o montante reservado no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para emendas do relator geral é de R$ 19,4 bilhões e para as emendas de bancadas estaduais, de R$ 7,7 bilhões. “É preciso dar uma lógica global para essas emendas. Os setores econômicos precisam dialogar em prol das políticas públicas e entender que existe uma interdependência importante entre eles para um crescimento que beneficie a todos”, sugere.

Fonte: CNT

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