
Apesar de subir no ranking global, país segue entre os últimos colocados por falta de reformas estruturais, afetando setores estratégicos como transporte e logística
O Brasil subiu quatro posições no Ranking Mundial de Competitividade Digital 2025, passando a ocupar a 58ª colocação entre 69 países avaliados pelo IMD (International Institute for Management Development), com apoio da Fundação Dom Cabral. Apesar da melhora impulsionada por investimentos estrangeiros e bons indicadores no mercado de trabalho, o país ainda enfrenta entraves que limitam o avanço tecnológico e produtivo – entre eles, o alto custo de capital, a baixa qualificação da mão de obra, o ambiente regulatório complexo e a fraca inserção no comércio internacional.
Os principais países no topo da lista são Suíça, Singapura, Hong Kong, Dinamarca e Emirados Árabes Unidos, todos com economias orientadas para inovação, educação de excelência e abertura ao mercado global. Em contraste, o Brasil permanece no bloco inferior por manter uma agenda pouco focada em reformas estruturantes, modernização da educação e estímulo à tecnologia.
Para as empresas essas deficiências têm impacto direto. A falta de mão de obra qualificada, a baixa digitalização de processos e as dificuldades regulatórias reduzem a competitividade das empresas em um mercado cada vez mais exigente e conectado. Além disso, o acesso ao crédito mais caro e burocrático afeta a capacidade de investimento em modernização de frota, sistemas e infraestrutura logística.
Segundo especialistas, o caminho para reverter esse cenário passa pela formação técnica, investimento em educação profissional e integração entre setor público, iniciativa privada e instituições de ensino. O fortalecimento das universidades como centros de pesquisa e desenvolvimento é apontado como pilar essencial para a transição do Brasil para uma economia baseada em conhecimento.
Fonte: Fundação Dom Cabral / IMD – Forbes Brasil