Conselho recebeu o diretor financeiro do DMLU, Anderson Fiedler, para avaliar alternativas de otimizar os trabalhos na Capital
O SETCERGS participou, nesta quarta-feira (29/10), de reunião do Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (COMMU) de Porto Alegre que discutiu possíveis mudanças nos processos de coleta de lixo realizados pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). O tema foi levado ao colegiado com o objetivo de avaliar alternativas que possam otimizar o serviço e reduzir os impactos no trânsito da Capital, especialmente nos horários de pico.
O diretor da Superintendência de Operações de Transporte e Logística do SETCERGS, Carlos Schneider, destacou a importância de ampliar o diálogo entre os diferentes setores envolvidos nas operações urbanas. Segundo ele, compreender como cada processo logístico afeta o funcionamento da cidade é essencial para construir soluções equilibradas.
O debate contou com a presença do diretor financeiro do DMLU, Anderson Fiedler, que apresentou aos conselheiros o funcionamento do sistema de coleta e os desafios enfrentados pelo departamento para equilibrar a operação e a demanda urbana.
De acordo com Fiedler, todo o planejamento da coleta é feito para que os processos se encaixem em um ciclo de 24 horas.
“A coleta domiciliar tem mais atividade durante o dia do que à noite, pois é preciso realizar o transbordo até Minas do Leão antes do fim do dia. Trabalhamos com 32 a 33 caminhões, e o volume de lixo noturno costuma ser maior, com as estradas mais liberadas. Tudo é bem calculado”, explicou.
O diretor ressaltou ainda que eventuais mudanças de horários poderiam gerar impactos financeiros relevantes.
“Os ciclos de tempo para encher, ir até Minas do Leão e voltar para carregar novamente formam uma engrenagem já estabelecida. Alterações nesse fluxo teriam impacto considerável”, completou.
Durante a reunião, o engenheiro do DMLU, Carlos Santos, observou as dificuldades operacionais de deslocamento durante a madrugada, em um cenário em que se buscaria menor impacto no trânsito.
“Os horários de pico são um problema em função do trânsito. No entanto, durante a noite, o limite vai até no máximo 1h, porque os moradores não aceitam o barulho. É um processo de trabalho intenso, ensurdecedor em alguns casos, e recebemos muitas reclamações. Temos de otimizar caminhão e equipe; não podemos usar só para algo específico”, destacou.
O COMMU segue avaliando o tema e deverá consolidar, nas próximas reuniões, propostas que busquem equilibrar eficiência operacional, conforto da população e fluidez no trânsito. O colegiado é presidido por Jaires Maciel e tem Rafael Fanganitto como vice. Além do SETCERGS, participam do conselho representantes do CEPORTO, FIERGS, comércio local, mobilidade ativa, transporte individual e da população.