Sucessão familiar é um processo de evolução, não de ruptura

Marcelo Ehlers destaca que o diálogo entre gerações e a valorização das habilidades do fundador são fundamentais para uma transição saudável nas empresas familiares

O especialista em governança e sucessão empresarial Marcelo Ehlers destacou em sua fala que o processo sucessório nas empresas familiares passa, inevitavelmente, por transformações. Segundo ele, é preciso reconhecer e lidar com as diferentes culturas e fases que surgem nesse tipo de organização.
 
“Tem algumas culturas com as quais a gente precisa lidar. Às vezes, a gente não dá luz à palavra transformação — e eu acho que transformação e evolução são inevitáveis nas empresas familiares, principalmente no início dessa caminhada. Nos primeiros encontros estão as gerações da família, ou até pessoas de fora. Quando essas transições são bem acompanhadas, a ruptura é evitada”, afirmou.
 
Ao comentar o primeiro estágio da sucessão — a passagem do fundador para o sucessor —, Ehlers ressaltou a importância de compreender o papel de cada liderança nesse momento de mudança.
 
“O conselho vai ter que considerar aquelas skills do fundador. Pessoas diferentes vão atuar na liderança para ordenar o processo. Não é sobre substituir o fundador. Essa virada faz a gente pensar mais detalhadamente no que se conseguiu fazer. Então, a sucessão de um fundador não sinaliza uma pessoa; ela abre espaço para outras coisas, para um novo modelo de gestão”, completou. 
 
A fala integrou o painel “Sucessão na empresa familiar: como planejar para evitar rupturas”, apresentado na programação do COMJOVEM Summit 2025, no Instituto Caldeira, em Porto Alegre.
 
O COMJOVEM Summit 2025 é uma realização da COMJOVEM Porto Alegre, em parceria com o SETCERGS, e contou com patrocínio de Chapa Brasil, Dipesul Volvo, Fetransul e Truckpag, além do apoio da Transpocred.

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