Setor aposta na estabilidade econômica, renovação da frota e aumento da demanda por caminhões
A indústria de implementos rodoviários vislumbra um cenário mais favorável para 2026. Mesmo após registrar queda de 20,42% no segmento de pesados entre janeiro e setembro de 2025, o setor acredita em uma recuperação impulsionada pela expectativa de redução da taxa Selic e estabilidade da inflação.
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), José Carlos Sprícigo, a tendência de juros menores deve estimular o crédito e destravar investimentos em bens de capital. “Com a redução do custo do dinheiro, o mercado tende a reagir. Acreditamos em um movimento de recuperação gradual já no próximo ano”, afirmou em entrevista ao portal Transporte Moderno.
A projeção da entidade é de que o Brasil alcance a marca de 155 mil implementos rodoviários vendidos em 2026. Neste ano, a produção deve fechar entre 150 mil e 152 mil unidades, com destaque para o crescimento de 15% no segmento leve, puxado pelo aumento do consumo.
Entre os fatores que sustentam o otimismo estão os estoques reduzidos de caminhões e o envelhecimento da frota, que deve impulsionar a renovação de veículos. “O giro de estoques é fundamental para reaquecer as vendas e a produção. Além disso, a idade média da frota pressiona pela substituição”, pontuou Sprícigo.
Mesmo com o cenário desafiador e 35% de ociosidade, o setor mantém-se resiliente. A Anfir, que reúne 170 associadas e mais de 1.400 afiliadas, também aponta as exportações como fator de equilíbrio: até agosto, o segmento exportou 3.067 implementos, alta de 48,38% em relação a 2024.
Fonte: Transporte Moderno / Edição Jornalismo SETCERGS