Explosão do e-commerce redesenha logística nacional e gera novas demandas ao transporte de cargas

A expansão acelerada do modelo tem transformado profundamente a infraestrutura logística no Brasil.

Nos últimos cinco anos, a oferta anual de galpões logísticos de alto padrão mais que dobrou, saltando de 1 milhão para quase 3 milhões de metros quadrados previstos para entrega em 2025. Esse crescimento acompanha o avanço do comércio eletrônico, que faturou R$ 204,3 bilhões em 2024 — alta de 10,5% — e mantém a taxa de vacância dos galpões em queda, hoje no menor nível histórico: 7,9%.

Cajamar (SP) consolidou-se como o principal polo logístico do país, com 4 milhões de m², superando inclusive a Colômbia. A localização estratégica, próxima às rodovias Anhanguera e Bandeirantes, atrai grandes players como Mercado Livre, Amazon e Magazine Luiza, que expandem seus centros de distribuição e fortalecem operações próprias. A Shopee, por exemplo, está presente em 24 estados e já emprega quase 2 mil pessoas em seu novo centro no Rio de Janeiro.

O movimento também impulsiona investimentos de fundos imobiliários. A BTG Asset lançou um fundo de R$ 1 bilhão para construção de um complexo em Cajamar, com o Mercado Livre como inquilino âncora. Enquanto isso, empresas como a Goodman apostam na modernização de estruturas industriais com projetos de retrofit, visando a chamada “última milha”.

 

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