
Levantamento da CNT mostra que quase 40% das empresas acumulam perdas superiores a R$ 1 milhão; infraestrutura segue comprometida
Um ano após a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, o setor de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística ainda sente os impactos. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 38,2% das empresas que atuam nas regiões afetadas acumulam prejuízos acima de R$ 1 milhão, e 16,5% ainda não retomaram a normalidade operacional.
O levantamento, feito com 193 empresas entre 24 de abril e 4 de maio de 2025, revela que 23,3% dos transportadores acreditam que os efeitos da calamidade devem persistir por mais de dois anos. Os danos à infraestrutura também são duradouros: apenas 7,5% dos empresários veem o sistema rodoviário totalmente recuperado, e 16 trechos seguem com obras em andamento.
Cerca de 55,6% das empresas precisaram alterar rotas, e 32,3% buscaram financiamento, mas apenas um quarto teve acesso a linhas especiais de crédito. De acordo com o levantamento, apesar do cenário, nenhuma empresa encerrou atividades. O evento reforçou a importância da resiliência: 52,6% ampliaram a percepção de risco e 32,3% adotaram medidas preventivas.