Transportadores de carga internacional por via rodoviária expressaram nesta quarta-feira (22) preocupação com a exigência de que os motoristas sejam obrigados a realizar o teste de covid-19 para entrar no Uruguai. O presidente da Câmara de Autotransporte Terrestre Internacional do Uruguai, Mauro Borzacconi, estimou que uma empresa com 40 caminhões e duas viagens por semana à Argentina, por exemplo, tenha que desembolsar 32 mil dólares por mês para isso.

No último dia 6, o governo uruguaio determinou que todas as pessoas que entrem no país apresentem resultado negativo para o novo coronavírus. Mas os motoristas de caminhões, inclusive brasileiros, alegam que não podem custeá-lo. Atualmente o governo está responsável pelos testes nas fronteiras, mas o presidente Luis Lacalle Pou anunciou que isso mudará no próximo domingo. A partir de então será expedido um “visto” que o visitante deverá manter durante toda a permanência no país. Estrangeiros que não possuírem o visto comprovando que realizaram o teste com swab não poderão circular.

Apesar do Uruguai ter sido muito elogiado por seu controle da crise sanitária, o número de infectados teve um crescimento maior do que o habitual nos últimos dias. O país, de 3,4 milhões de habitantes, reportou na segunda-feira (20) 32 novos casos de covid-19, quando raramente soma mais de 10 por dia, totalizando 1.096 infectados e 33 mortos desde o início da pandemia.

Fonte: jornal Correio Popular