Manifestação contra os decretos de Leite

Protesto do povo gaúcho contra o aumento de impostos tomou a Praça da Matriz

Trabalhadores rurais e da cidade, políticos de diferentes matizes ideológicas e empresários se reuniram em ato na frente do Palácio Piratini, contra os decretos de retirada de incentivos fiscais do governador do RS, Eduardo Leite, nesta segunda-feira (1º). Cerca de 700 pessoas aderiram ao movimento proposto pela FEDERASUL, vindas de várias partes do Estado para se manifestarem de maneira ordeira contra qualquer aumento de impostos. No Dia dos Bobos, ou da Mentira, é o Dia da Verdade: o povo gaúcho não quer pagar mais essa conta.

“Estamos todos aqui exigindo que o governador cumpra com a promessa de não aumentar impostos, para que cumpra sua palavra, aquilo que ensinamos para nossos filhos, que mantenham as palavras”, afirmou o presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, na abertura do evento. Ele salientou a diversidade dos presentes, de trabalhadores a empresários, da direita à esquerda, unidos pelo “futuro de nossos filhos”. Disse também que “representamos uma maioria silenciosa que não aceita mais pagar impostos”.

Já nos dividiram por tempo demais. Há valores que unem os gaúchos”, afirmou. O presidente também criticou o modo como o governador vem tratando o tema. Para ele, o chefe do Executivo continua impondo sua vontade mesmo quando a maioria do parlamento, entidades empresariais e sindicatos de classe têm exposto posição contrária a qualquer aumento de impostos. “Não é assim que se negocia, com chantagem”, afirmou o presidente, sob aplausos e palavras de ordem em conformidade.

 Constrangimento

O presidente da FEDERASUL também criticou a forma como Leite conduziu o diálogo com entidades, tendo como ponto principal a última reunião chamada pelo governo, na semana passada. O governador voltou a defender o aumento de ICMS, não fornecendo alternativas e tentando “dividir” os presentes. “Algumas entidades acabaram constrangidas” a aceitar o proposto pelo governo.

No entanto, Costa segue defendendo a união de todo povo, empresariado, políticos de diferentes posições, para conseguir mais uma vitória, como a ocorrida na aprovação da PDL que critica os decretos. “É um momento histórico, estamosabrindo mão de nossas desavenças ideológicas por um futuro”, finalizou.

Fonte: Federasul

 

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